Nefrologia na gravidez: Como a saúde renal afeta a gestação
Postado em: 14/03/2024
A Doença Renal Crônica (DRC) é caracterizada pela perda gradual e progressiva da capacidade dos rins de filtrar resíduos metabólicos do sangue, pode se estender por meses ou anos até evoluir para insuficiência renal. Muitas vezes, essa condição é identificada por meio de exames de sangue antes mesmo de manifestar sintomas. E vamos falar aqui sobre a nefrologia na gravidez.
Os rins desempenham funções importantes para o corpo, como a eliminação de resíduos e excesso de líquidos, controle da pressão arterial e produção de hormônios. Por isso, surge a dúvida sobre a relação entre a doença renal crônica e gravidez, se é possível engravidar e quais os riscos envolvidos.
Impacto da doença renal crônica na fertilidade feminina
As alterações hormonais causadas pela doença renal crônica podem levar a irregularidades menstruais, ausência de ovulação e redução da fertilidade. Assim, essa condição está diretamente relacionada à gravidez, impactando a fertilidade conforme o distúrbio nos rins progride.
Como a DRC piora com o tempo, é aconselhável considerar uma gravidez nas fases iniciais da condição. Além disso, é importante consultar um nefrologista para discutir o momento ideal para a gestação e compreender os riscos potenciais antes de tomar qualquer decisão.
Nefrologia na gravidez: É possível engravidar com doença renal crônica?
Embora a doença renal crônica (DRC) não impossibilite a gravidez, o avanço da condição pode diminuir a taxa de fertilidade. Algumas mulheres descobrem a DRC somente após engravidarem, uma vez que, em geral, os estágios iniciais da enfermidade, não apresentam sintomas.
A combinação de DRC e gravidez exige atenção especial, devido aos riscos de o bebê adquirir a doença de forma hereditária, como a doença renal policística, e à maior chance de parto prematuro ou de a criança nascer com peso abaixo do ideal. No entanto, em estágios iniciais, o desenvolvimento do bebê geralmente segue os padrões esperados.
Cuidados no pré-natal para mulheres com doença renal crônica
Durante o pré-natal, é crucial o acompanhamento conjunto de um nefrologista e um obstetra, com consultas mensais ou semanais, dependendo da gravidade da condição. O monitoramento periódico inclui:
- Medição diária da pressão arterial em casa;
- Exames regulares de urina e de sangue para avaliar a função renal e possíveis alterações;
- Ultrassons para verificar o crescimento e desenvolvimento do bebê.
Um desafio adicional no cuidado da doença renal crônica durante a gravidez é o ajuste da medicação para atender às necessidades da paciente sem comprometer o desenvolvimento da criança.
Quais são os riscos da doença renal crônica para a gravidez?
A doença renal crônica aumenta os riscos durante a gestação. As complicações intensificam de acordo com o grau de insuficiência renal e a presença de outras condições de saúde. Entre os problemas que a DRC pode causar estão:
- Hipertensão;
- Pré-eclâmpsia;
- Limitação do crescimento do feto;
- Parto prematuro;
- Perda gestacional.
O parto normal não é automaticamente excluído em casos de doença renal crônica, contudo, pode ser desaconselhado devido a complicações específicas. No pós-parto, geralmente não há restrições para a amamentação, mas é fundamental que o pediatra esteja informado sobre quaisquer medicamentos utilizados pela mãe para garantir a segurança do bebê.
Portanto, embora engravidar com DRC seja possível, essa condição requer cuidados especiais e monitoramento constante para assegurar a saúde tanto da mãe quanto da criança. É essencial uma colaboração estreita entre diferentes áreas médicas e um acompanhamento minucioso da paciente grávida com doença renal.
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