O que é sacroileíte? Sintomas e diagnóstico!

Sacroileíte é uma inflamação de uma ou ambas as articulações sacroilíacas. Ou seja, é unilateral ou bilateral. Esta inflamação pode gerar bastante dor na lombar e nádegas, tendo o potencial de irradiar para os demais membros inferiores.

Com essa inflamação, os menores movimentos que movem a coluna, como espirrar, podem causar bastante dor. E no diagnóstico inicial pode ser confundido com outras dores, como lombalgia.

O que são as articulações sacroilíacas?

São articulações que ligam o sacro (osso originado a partir da junção de cinco vértebras. Ele se associa à bacia, ao cóccix e à quinta vértebra lombar) na base da coluna aos ossos ilíacos na pelve.

A função dessas articulações é unir a coluna vertebral com os ossos da bacia, assim como garantir a estabilidade da pelve, absorvendo impactos sob a coluna.

O que causa sacroileíte?

As possíveis causas da sacroileíte podem ter relação a doenças reumatológicas, fatores metabólicos e distúrbios mecânicos, assim como fatores genéticos. Outros fatores que contribuem são: 

Gravidez: decorrente do crescimento do bebê, as articulações sacroilíacas podem se alterar para acompanhar o seu desenvolvimento. 

Aumento de peso: o excesso de peso pode ocasionar problemas nas articulações e, dessa forma, gerar a sacroileíte devido à mudança de postura e marcha.

Infecções e doenças inflamatórias: doenças inflamatórias como artrite psoriática podem gerar a inflação das articulações sacroilíacas, assim como casos raros de infecções. 

Traumas e fraturas: fraturas na pelve podem causar traumas e ser um fator potencial para a sacroileíte. Acidentes que geram traumatismo grave da bacia podem levar ao encurtamento do membro inferior e aumentar a probabilidade de ocorrer sacroileíte em quedas e acidentes graves

Sobrecarga: atividades que exigem sobrecarga podem afetar a articulação sacroilíaca. O mesmo ocorre quando os limites do corpo são ultrapassados, atletas e profissões que contam diariamente com a força física estão entre os mais incidentes. 

Fatores metabólicos e genéticos: fatores como idade (degeneração das articulações), genéticos (devido à estrutura anatômica e predisposição hereditária), como diversas doenças, e gênero (mulheres após a menopausa) são bastante associados à causa da sacroileíte.

Além desses fatores, todo um histórico deve ser considerado também na busca pela causa da sacroileíte, portanto, se você possui uma vida sedentária, já obteve fraturas anteriores na região do quadril e consome bebida alcoólica em excesso verificar o nível de predisposição para a inflamação.

Sintomas de sacroileíte

Os sinais de sacroileíte são, majoritariamente, físicos. São eles:

• Dor na virilha;
• Dor na nádega;
• Dor na lombar baixa;
• Contraturas na coluna;
• Desconforto nos joelhos;
• Dificuldades para dormir;
• Febre (quando há infecção);
• Dor que irradia a membros inferiores.

Ainda, se a causa da sacroileíte está associada a doenças, podem surgir sintomas como dificuldade para respirar, problemas cardíacos e deformações na coluna.

É importante buscar um médico especialista em dor o quanto antes, pois são sintomas semelhantes ao de diferentes doenças, como hérnia de disco. Além de ser um incômodo incapacitante.

Diagnóstico da sacroileíte

O diagnóstico da sacroileíte é realizado por exames, tanto físicos como de imagens. Os exames físicos são referentes a testes de mobilidade (movimentos) e provocativos.

Já os exames de imagens são os de ressonância magnética (RM), tomografia (TM), cintilografia óssea e radiografias. Também é considerado o histórico de saúde e de rotina do paciente.

Em último caso, é possível realizar a biópsia, que se trata de um exame mais invasivo que os mencionados anteriormente.

Tratamento da sacroileíte

Existe mais de um tratamento para a sacroileíte, porém, este vai variar de acordo com a causa e intensidade da dor, assim como o histórico do paciente. 

Dentre algumas opções de tratamento, as principais são:

• Infiltrações da articulação sacroilíaca, por meio de corticoides;
• Medicamentoso, como anti-inflamatórios e analgésicos;
• Ablação articular, realizada por radiofrequência;
• Fisioterapia e prática de exercícios;
• Cirurgia, casos mais graves.

Quanto antes realizar o diagnóstico e tratamento adequado, maior a chance da cura.

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