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O que é Síndrome Dolorosa Regional Complexa (SDRC)?

Postado em: 13/03/2023

A Síndrome Dolorosa Regional Complexa (SDRC) é uma forma rara de dor crônica que geralmente afeta um braço, perna, mão ou pé. Pode ocorrer também em outras partes do corpo, como pescoço ou face. 

Ela se desenvolve após uma lesão, cirurgia, trauma, infecção, acidente vascular cerebral ou ataque cardíaco, mas a dor está fora de proporção com a gravidade da lesão inicial. Costuma provocar dor, inchaço, mudanças na cor da pele, bem como sensibilidade aumentada e fraqueza muscular.

A causa não é claramente compreendida. O tratamento é eficaz quando iniciado precocemente. Nesses casos, a melhoria e mesmo a remissão são possíveis. 

Leia o post e saiba causas, sintomas e tratamentos da SDRC.

O que é Síndrome Dolorosa Regional Complexa (SDRC)

Sinais e sintomas

Os sintomas da Síndrome Dolorosa Regional Complexa podem mudar ao longo do tempo e variam de pessoa para pessoa. Dor, inchaço, vermelhidão, alterações ​​de temperatura e hipersensibilidade (particularmente ao frio e ao toque) estão entre as manifestações mais comuns.

Ao longo do tempo, o membro afetado pode tornar-se frio e pálido, sofrer alterações de pele e espasmos musculares. Uma vez que estas mudanças ocorrem, a condição é muitas vezes irreversível.

Outros sintomas da SDRC são:

  • Dor não provocada ou espontânea que pode ser constante ou flutuar com a atividade;
  • Dor excessiva ou prolongada após contato;
  • Sensibilidade ao toque ou ao frio;
  • Inchaço do membro afetado;
  • Sudorese anormal e crescimento de unhas e cabelos no membro afetado;
  • Mudanças na textura, na temperatura e na cor da pele; 
  • Alterações na textura da pele, que podem tornar-se macias, finas ou brilhantes na área afetada;
  • Rigidez articular;
  • Força muscular e movimento prejudicados.

Causas

A Síndrome Dolorosa Regional Complexa ocorre em dois tipos, com sinais e sintomas semelhantes, mas as causas diferentes:

Tipo 1: conhecido também como síndrome de distrofia simpática reflexa, esse tipo ocorre após uma doença ou lesão que não danificou diretamente os nervos em seu membro afetado. Cerca de 90 % das pessoas com SDRC têm tipo 1.

Tipo 2: uma vez referida como causalgia, este tipo segue uma lesão nervosa, como lesão por esmagamento, fratura ou amputação.

Outros traumas maiores e menores – como cirurgia, ataques cardíacos, infecções e até mesmo entorse nos tornozelos – podem levar à síndrome de dor regional complexa. O estresse emocional também pode ser um fator de desenvolvimento.

Tratamento

A maioria dos casos iniciais ou leves se recupera por conta própria. O tratamento é mais eficaz quando iniciado precocemente.

Reabilitação e fisioterapia: esse é o tratamento mais importante. A reabilitação do membro afetado ajuda a prevenir ou a reverter as alterações secundárias da medula espinhal e do cérebro associadas ao desuso e à dor crônica. A terapia ocupacional pode ajudar o paciente a aprender novas maneiras de retornar ao trabalho e às tarefas diárias.

Psicoterapia: pessoas com SDRC grave geralmente desenvolvem problemas psicológicos secundários, incluindo depressão, ansiedade e, às vezes, transtorno de estresse pós-traumático. Isso aumenta a percepção da dor, reduz ainda mais a atividade e a função cerebral, e torna difícil para os pacientes procurarem atendimento médico e se engajarem na reabilitação e na recuperação. O tratamento psicológico ajuda as pessoas com SDRC a se recuperarem melhor.

Medicamentos: várias classes de medicamentos indicados podem ser eficazes, principalmente quando administradas no início da doença. Consulte um médico especialista em dor.

Estimulação da medula espinhal: eletrodos estimulantes criam sensações de formigamento na área dolorida que ajuda a bloquear as sensações de dor e a normalizar a sinalização na medula espinhal e no cérebro. Uma pequena cirurgia é necessária para implantar o estimulador, a bateria e os eletrodos sob a pele do torso.

Outros tipos de estimulação neural: a neuroestimulação implantada pode ser aplicada em outros locais, incluindo nervos próximos à lesão (estimuladores de nervos periféricos), sob o crânio (estimulação do córtex motor com eletrodos) e dentro de centros de dor cerebral (estimulação cerebral profunda).

Bombas de infusão espinhal: esses dispositivos implantados fornecem medicamentos para o alívio da dor diretamente no fluido que banha as raízes nervosas e a medula espinhal. São misturas de opioides, agentes anestésicos locais, clonidina e baclofeno. A vantagem é que podem ser usadas doses muito baixas, que não se espalham além do canal espinhal nem afetam outros sistemas do corpo. Isso diminui os efeitos colaterais e aumenta a eficácia do medicamento.

É importante consultar um médico especialista em dor para realizar um diagnóstico e tratamento adequados. 

Agende sua consulta com um dos especialistas em dor da Clínica Ânima!


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