O que fazer para reduzir a progressão da doença renal crônica?
Postado em: 17/03/2023
A Doença Renal Crônica é um grande problema de saúde pública. Estima-se que cerca de 10 milhões de pessoas sofram do problema no Brasil e, em todo o mundo, são mais de 850 milhões de casos.
Os rins são responsáveis por executar diversas ações fundamentais para o funcionamento adequado do organismo, como a eliminação de substâncias nocivas, o equilíbrio hídrico do corpo e o controle da pressão arterial. A perda gradativa dessas funções pode causar limitações que acompanham o paciente por toda a vida.
Por isso, cuidar dos rins é uma forma de evitar problemas no nosso organismo e conhecer as causas, sintomas, tratamentos e dicas de prevenção é fundamental nesse processo.
Continue lendo e saiba reconhecer e lidar com a doença renal crônica.
O que é a doença renal crônica?
A Doença Renal Crônica (DRC) é a determinação para alterações que afetam a função dos rins, podendo ter múltiplas causas e fatores de risco. O indivíduo que possui a DRC perde de maneira definitiva a função renal.
Existe uma variedade de doenças renais que podem levar à insuficiência renal crônica. Normalmente, o processo é lento e progressivo, sem que a pessoa se dê conta que está perdendo vagarosamente a função renal. Quando os sintomas aparecem, a doença renal crônica já está em seu estágio mais avançado.
A DRC é classificada em 5 estágios, iniciando com a baixa função renal (estágio 1) à insuficiência crônica (quinto e último estágio). A lesão permanente leva à necessidade de um tratamento substitutivo, com a diálise ou transplante renal, para manter a vida do paciente.
Uma doença silenciosa
Grande parte da doença renal crônica é assintomática, ou seja, não apresenta sintomas que indiquem a alteração na função renal. Na maioria dos casos, os sinais aparecem no estágio mais avançado da enfermidade.
Alterações na cor e presença de sangue na urina podem indicar alguma lesão renal.
Entre os principais sintomas estão:
– Perda de apetite;
– Perda de peso;
– Inchaço;
– Dificuldade em controlar a pressão arterial;
– Falta de apetite;
– Mudanças na urina;
– Vômitos e náuseas.
Como os sinais são comuns a outras doenças, o diagnóstico de DRC pode ser um dos últimos a ser considerado. Por isso, a prevenção e a realização de exames, como o de creatinina, devem ser feitos periodicamente.
Fatores de risco para DRC
Alguns problemas de saúde podem desencadear a DRC. Os chamados fatores de risco da doença renal crônica são:
- Diabetes mellitus;
- Hipertensão arterial;
- Má-formação no sistema urinário;
- Cálculo renal;
- Infecções urinárias recorrentes;
- Obesidade.
Pessoas cujos parentes tenham histórico da condição também precisam ficar atentas. É recomendado que portadores de um ou mais fatores de risco da doença façam o acompanhamento com um nefrologista para controlá-los.
Tratamentos indicados
A doença renal crônica não tem cura, mas a Terapia Renal Substitutiva (TRS) garante a manutenção e a qualidade de vida do paciente renal. Entre as formas de TRS estão a hemodiálise, diálise peritoneal e o transplante renal.
Algumas formas da DRC podem ser tratadas para impedir a progressão da doença e preparar o paciente para a diálise, é o chamado tratamento conservador. Esse tratamento é realizado quando a doença é diagnosticada em sua fase inicial.
Como se prevenir da doença renal crônica?
Essa condição tem diversas causas e fatores de risco associados ao seu desenvolvimento. Mas existem alguns cuidados preventivos importantes, como:
- Alimentação saudável e equilibrada;
- Hidratação regular conforme orientação médica;
- Controle do peso;
- Exercícios físicos regulares;
- Interrupção do tabagismo;
- Controle da pressão arterial e do diabetes.
Você já fez seus exames preventivos este ano? Agende sua consulta com o nefrologista da Clínica Ânima!
Leia também:
O que causa síndrome nefrítica?